CONJUR – Advogados são os profissionais do sistema de justiça mais bem avaliados pelos brasileiros. Já os ministros do Supremo Tribunal Federal são os mais criticados pela sociedade. Isso é o que aponta o “Estudo Sobre o Judiciário Brasileiro”, feito pela Fundação Getulio Vargas, sob encomenda da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB).
A atuação dos advogados é considerada boa ou ótima por 45% das pessoas. Outros 39% a consideram regular, e 13% opinam que ela é ruim ou péssima. Em segundo lugar vêm os defensores públicos, que têm análise boa ou ótima de 35% dos brasileiros, regular de 40% e ruim ou péssima de 20%.
Integrantes do Ministério Público e juízes possuem avaliação semelhante: 31 e 32%, respectivamente, de classificações boas ou ótimas, 42 e 41% de regulares e 22 e 24% de ruins ou péssimas.
Quanto mais alta a instância em que o magistrado atua, pior a sua análise. Desembargadores são considerados bons ou ótimos por 27% da sociedade; ministros do Superior Tribunal de Justiça, por 24%, e ministros do STF, por 22%. Estes magistrados têm o maior percentual de avaliações ruins ou péssimas: 32%. Integrantes do STJ são considerados insatisfatórios por 29% dos brasileiros, e desembargadores, por 23%.
Papel do Judiciário
Advogados e defensores públicos têm uma visão mais positiva das contribuições do Judiciário para o Brasil do que a população em geral. Com relação ao combate à corrupção, 83% dos defensores e 62% dos advogados acreditam que a Justiça ajuda. Entre a sociedade, 49% pensam da mesma forma, sendo que 29% pensam que o Judiciário atrapalha a luta contra esses crimes. Para 17%, não há interferência. A avaliação sobre o combate à violência é semelhante.
Quanto à redução da pobreza, há disparidade entre os três grupos. Os defensores públicos seguem sendo os mais elogiosos da contribuição do Judiciário: 59% entendem que a Justiça ajuda a diminuir a miséria no Brasil. Esse índice cai para 18% entre os advogados. Na classe, 65% opinam que o Poder não interfere na questão. Na população em geral, 39% têm a mesma opinião, enquanto 29% avaliam que a contribuição é positiva para a redução da pobreza, e 26% a enxergam como negativa.
Como visto em: https://www.conjur.com.br